Nívea Castro

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Dia 05 de maio de 2017,  A noite já vinha chegando, Eram 18:05.

O sol já tinha se posto mas o dia ainda brigava com a noite. Não estava claro, mas também não estava escuro. Não tinha vento. Tudo estava parado e eu estava às margens do rio Nhamundá dentro de uma voadeira que é um tipo de embarcação muito comum naquela região do Amazonas. Era tudo muito simples: eu ia fazer um percurso que duraria só uns 5 minutos indo para outro ponto na margem do rio. Mas o motor do barco resolveu não funcionar e eu fiquei ali dentro. Sentada. Balançando ao sabor das águas calmas do rio, aguardando que o meu capitão que além de marujo da “Mãe Tavares” agora também fazia papel de mecânico e tentava consertar o motor da embarcação.

Dia 05 de maio de 2107, A noite descia rapidamente. Eram 18:14 ou talvez 15 ou 16… isso não sei ao certo. Só sei que agora junto da escuridão que se formava vinha, pelo rio, uma luz firme e veloz em nossa direção. Eu ainda falei “está vindo uma luz… está muito próxima!” e as últimas palavras que eu ouvi antes da escuridão foram “Não se preocupe. Eles estão vendo a gente aqui”.

E veio a escuridão imensa. Foi tudo muito rápido. Uma grande lancha de transporte de passageiros atingiu nossa pequena voadeira em cheio. Preto, o barqueiro, creio que morreu na hora e eu, desacordada, fui para fundo do rio.

Mas uma força maior definiu que não era a minha hora e eu acordei. Brotei do fundo do rio.

Eu afundei, mas eu queria voltar. O frio e o gosto de sangue na minha boca me fez perceber que ainda estava viva e eu só sentia vontade de sair da água. E eu subi. Saí do lodo do leito do rio e subi. Subi. Coloquei minha mão para fora das águas turvas e gritei.

A dor era intensa e meu sangue se misturava com a água doce do rio Nhamundá brotando do grande corte que eu tinha na cabeça. Eu precisava de ajuda. Não tinha muito tempo. Já tinha utilizado o resto de força que me sobrava, mas sabia que ia sobreviver. Eu tinha que sobreviver.

Então percebi uma canoa e que um homem estava me socorrendo. Ele me puxou da água e me colocou na canoa. Desmaiei.

Depois, lembro vagamente quando estavam cortando minhas roupas no hospital e falavam para o meu filho conversar comigo. Aí veio a anestesia e voltei para a escuridão.

Mas sei (me contaram depois) que me colocaram em uma ambulância, depois em outra voadeira e me levaram para um hospital maior em Parintins. Lá entrei em convulsão e me colocaram no balão de oxigênio com aquele tubo e aguardaram… já que os dois aparelhos de tomografia da cidade estavam quebrados… então os médicos não tinham muito mais o que  fazer a não ser aguardar… Lá fiquei 3 dias.

No quarto dia me transferiram para Manaus. Eu estava com o rosto deformado pelos cortes e pelo corpo vários outros cortes, lesões e fraturas. Fiquei 28 dias na cama do hospital.

Depois, foram 06 meses em uma cadeira de rodas.

Por fim, 4 meses andando com muletas.

Os médicos falaram que eu ficaria, no mínimo, manca. Que teria um constante inchaço na perna e no pé esquerdo e que teria que tomar remédios controlados para sempre por causa do baque na cabeça. #SQN

Um ano depois do acidente apesar da minha recuperação já superar as expectativas dos médicos eu ainda não me sentia restabelecida. Usava vários remédios controlados tarja preta e tinha algo muito perturbador que não me deixava seguir uma vida normal que eram minhas emoções. Tive síndrome do pânico. Eu acordava no meio da noite chorando e praticamente tudo me assustava.

Foi com esse quadro que eu conheci a doTERRA e os óleos essenciais. Não conhecia essas dádivas da natureza, mas depois de apenas um mês de uso diário do Frankincense e da Lavanda eu me dei conta que os remédios controlados não eram mais necessários. Não estou aconselhando ninguém a descumprir orientações médicas. Só estou compartilhando minha história e afirmando através da minha experiência pessoal que a vida se renova a cada dia e que a esperança, o sentimento de amor e gratidão e a força de vontade para superar os problemas que a vida nos trás (algumas vezes nos momentos que menos esperamos) são os motores para uma vida plena em conexão com a energia da natureza.

Hoje eu sei que eu tive que estar no fundo daquele rio para poder hoje compreender e sentir o que sinto. Hoje me sinto como nunca me senti antes. Confiante, feliz, realizada, abençoada. DONA de uma força tão grande quanto é o meu AMOR por Deus, pela minha família, meus filhos e netos.

Sei que minha recuperação foi tão rápida por causa desse amor e dessa força. Estou pronta para viver. Claro que ainda tenho dias que não me sinto assim tão entusiasmada… porém logo vem a minha mente o que SOU e tudo que conquistei. E eu sei e ainda tenho muito a fazer e conquistar e farei tudo com muito AMOR. Pois se hoje estou aqui é por causa do AMOR, amor de Deus por mim. Meu CORAÇÃO está cheio desse AMOR. GRATIDÃO!

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